quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CATA BRANCA: final


A gravidade do acidente, que certamente foi um dos piores registrados em minas de ouro no Brasil, resultou no desmantelamento da companhia inglesa, que, vendo-se obrigada a encerrar as atividades extrativas, sucateou o maquinário existente. Esse maquinário foi transferido para outra companhia inglesa, a St. John d’el Rey Mining Co., que o empregou na Mina de Morro Velho, juntamente com os escravos, em número de 385, alugados por um período de 14 anos.
Figura 2: Nova Lima (1868)
À época de suas atividades, entretanto, diversas ocorrências de desmoronamentos, soterramentos e acidentes foram registradas na Mina de Cata Branca, sendo incontável o número de vítimas em situações corriqueiras. Os trabalhadores de Cata Branca, além de se sujeitarem às mazelas do trabalho da mina, estavam expostos a toda sorte de acontecimentos. Os viajantes que por ali passavam, absortos pela falta de segurança e imprudência dos administradores ingleses, não raro faziam severas críticas ao modo como a mineração era realizada. Segundo Suzannet,
[...] fiquei espantado de ver as abóbadas de vinte e cinco e trinta pés de largura suspensas por sôbre as cabeças dos trabalhadores sem que nada fôsse feito para evitar um desabamento. [...] Um único desmoronamento custou a vida de onze negros: quanto a desabamentos parciais que fizeram poucas vítimas, nem se conta (SUZANNET: 1957, p. 110).
Em relação aos engenheiros advindos da região da Cornualha, na Inglaterra, os relatos são unânimes em afirmar sua arrogância e relutância destes em aceitar sugestões externas. Segundo Burton, “a jacutinga era uma formação desconhecida, mas os mineiros ingleses, especialmente os de Cornoalha, estão crentes de que sabem tudo, e conseqüentemente, não se resignam a aceitar qualquer ensino” (BURTON: 1976, p. 297). As causas desse grande desmoronamento, ao que leva a crer, foi ocasionado por uma miríade de fatores, destacando-se dentre eles a grande economia na condução da mineração, marcada pelo insuficiente madeiramento para escorar as paredes e o teto da mina; a imperícia dos mineiros práticos da Inglaterra, que não tinham nenhuma experiência em exploração de ouro em terreno ferrífero (jacutinga); e sobretudo à característica friável da rocha xisto-quartzítica, que tende a fragmentar-se em blocos tabulares. Relata-se que a Mina de Cata Branca jamais conseguiu se recuperar de sua maior tragédia. Itabira do Campo prosperou por poucos anos com a mina e decaiu com seu fracasso. A única solução encontrada pelos acionistas, após o grande desabamento, foi encerrar as atividades e vender o maquinário restante para outras empresas.
(FONTEARQUIVO PUBLICO MINEIRO,REVISTA : ITABIRITO EM REVISTA)

CATA BRANCA : parte 2

(FONTE: ARQUIVO PUBLICO MINEIRO)_
Descrição da Mina de Cata Branca As características peculiares do filão de quartzito em que se associava o veio de ouro em Cata Branca, com um ângulo de mergulho próximo aos 90º, obrigavam os mineradores a empreitadas cada vez mais profundas nas entranhas da terra. Registra-se que em 1842 os engenheiros ingleses haviam atingido uma profundidade de cerca de 230 metros. Certo é que as características dessa mina eram únicas, sendo a maior parte de seus serviços realizados no sentido vertical. Segundo a narração do diário de Weddell, contida na publicação de Francis Castelnau, segue-se que:
Entra-se nesse mundo subterrâneo por uma estreita galeria de cento e cinqüenta pés (45,72m) de comprimento, com o fundo cheio d’água até a altura de um pé (30,48cm) […] destinada a dar escoamento às águas retiradas da escavação pelas bombas e cuja perfuração exigiu nada menos de seis anos de trabalho ininterrupto (1949: p. 162).
Neste ponto, no extremo desta galeria, os viajantes avistaram a luz do dia a 100m de suas cabeças. Abaixo, encontrava-se uma escada de ferro que os levava a um poço escuro.
Levou-nos esta primeira escada a uma plataforma, de onde descia ainda uma segunda escada, até a segunda plataforma; daí partia uma terceira escada e assim por diante. […] ao chegarmos ao fundo da mina, estávamos a 300 metros abaixo da superfície da montanha.
O aspecto geral da Mina de Cata Branca, ao ser visitada em 1842 por Suzannet, retrata uma realidade bastante peculiar pela sua feição européia. Ele descreve que ficou
[…] agradavelmente surpreendido quando, ao contrário [pensava este talvez surgir diante de si uma montanha árida, geralmente associada aos veios fecundos], vi as bonitas edificações da companhia inglêsa construídas sôbre uma montanha coberta de flôres e de verdura. [...] A fonte que bota em movimento as máquinas só volta ao seu curso natural depois de ter lavado o minério. E as suas águas são utilizadas pelos negros escravos na irrigação das hortas que ficam aos seus cuidados. Nessas hortas êles cultivam quase todos os legumes da Europa e do país (SUZANNET: 1957, p. 110).
Segundo relatos de Castelnau, em passagem pela mina em 1843 e recebido pelo então diretor da empresa, Sr. Champion, segue-se que:
fomos visitar a povoação, que nos impressionou pelo seu aspecto nitidamente inglês, sua extrema limpeza e seus jardins floridos em frente às habitações. Os escravos, em número de quatrocentos e cinqüenta, são notáveis pela robusta aparência e aspecto sadio. Os dormitórios por eles ocupados são altos, bem arejados e guarnecidos, em ambos os lados, de leitos dispostos em dois andares perfeitamente limpos (1949, p. 160).
A planta de beneficiamento de minério, também descrita pelos viajantes que por lá passaram, é entendida como o local onde se realizava os processos de fragmentação primária, britagem, triagem, concentração e produção do ouro, em local exterior à mina onde era extraído o cascalho. As pedras brutas eram trazidas da entrada das galerias pelos escravos que as depositavam na bateria de pilões, onde eram trituradas. Na seqüência, a areia aurífera era lavada, concentrada e submetida à ação do mercúrio e do fogo para se obter o ouro. Em Cata Branca, o porte do maquinário empregado para se processar o minério retirado das galerias era monumental, conforme um trecho do relato de Suzannet:
Diante de mim, arrumadas em anfiteatro, havia cinco grandes rodas d’água, que davam um aspecto realmente pitoresco à paisagem. Senti-me transportado às nossas belas usinas da Europa ao ouvir o ruído a que estava desacostumado, dessas possantes rodas hidráulicas, instaladas com grandes despesas pela companhia inglêsa, numa das mais admiráveis posições do Brasil (SUZANNET: 1957, p. 109).
Segundo trecho do relato de Castelnau, em passagem pela mina em 1843:
Três imensas máquinas hidráulicas, cujas rodas motrizes têm cerca de quarenta pés (12m) de diâmetro, põem em movimento uma infinidade de pilões de ferro, que incessantemente trituram o minério, reduzidos a pequenos fragmentos pelos negros, que o trazem da entrada dos poços. À medida que a pedra vai sendo pulverizada pela queda dos pilões uma corrente de água atravessa toda a massa, arrastando as parcelas mais leves, enquanto o metal e algumas outras substâncias de peso específico mais considerável se depositam, acumulando-se em quase sua totalidade no fundo dos pilões. As parcelas de ouro que porventura escapem, são retiradas na sua passagem por um plano inclinado, em pedaços de pano colocados expressamente para este fim. Nova lavagem manual concentra ainda o produto, fazendo aparecer a poeira de ouro, que até então é, na maioria das vezes, invisível. Esse pó é tratado em seguida pelo mercúrio, cujo excesso se separa mediante pressão, através de uma pele de camurça (CASTELNAU: 1949, p. 161).
Fica evidenciado, considerando-se os relatos e as ruínas existentes ainda hoje no local, o grau de mecanização de Cata Branca durante a administração inglesa, fato este, porém, que foi incapaz de reduzir os inúmeros acidentes de trabalho, dentre as quais o mais fatal, que veio encerrar suas atividades no primeiro semestre de 1844. O desfecho da Mina de Cata Branca A Mina de Cata Branca é conhecida pela população de Itabirito pelo grande desmoronamento da galeria principal ocorrido em 1844 que matou soterrados, senão afogados, os trabalhadores, tanto negros quanto ingleses, que escavavam os patamares subterrâneos da mina. O número exato de vítimas não é conhecido, variando os relatos de algumas dezenas de pessoas a cerca de uma centena, dependendo do autor. Segundo um dos relatos sobre o ocorrido,
Conta-se que durante alguns dias ouviam-se nas entranhas duríssimas da rocha, os gemidos de muitas dessas vítimas soterradas pelos desmoronamentos. Frustrados todos os serviços de socorro, quando não houve mais esperanças de salvar os vivos sepultados pela catástrofe, por impossibilidade absoluta de atravessar a massa rochosa que os separavam de fora, a solução mais humana que se encontrou, para minorar os seus sofrimentos, foi inundar a mina com as águas das máquinas exteriores e fazer perecer por asfixia os que teriam de morrer por inanição angusiosíssima (OLYNTHO: [s.d.], p. 12). (Continua..........)

CATA BRANCA: Parte 1

A MINA DE CATA BRANCA(Fonte: Arquivo Publico Mineiro)
Apresentação A saga bandeirante em terras desconhecidas no Brasil colónia a partir do século XVI e o consequente desbravamento do interior do país marcaram a conformação do território e da sociedade brasileira. O desbravamento do sertão pelas entradas Paulista em território mineiro impulsionou a política extrativista da colónia. Dada a possibilidade de riqueza fácil e abundante, grande parte do território Paulista, mineiro e do centro-oeste foi explorado a golpes de enxadas e almocafres. Alguns testemunhos desse período ainda despontam na paisagem, sobretudo no Quadrilátero Ferrífero, onde não é raro se encontrar inúmeras ruínas e vestígios de construções dessa época. Vestígios silenciosos de tempos passados, essas construções muitas vezes foram alvo de depredação, se descaracterizaram ou quase desapareceram ao serem incorporadas à malha urbana e ao cotidiano local. Outras, entretanto, permanecem íntegras, resistindo à ação do tempo. Aparecem neste último contexto as estruturas abandonadas da Mina de Cata Branca, situadas na zona rural do município de Itabirito, em Minas Gerais, distante cerca de 50 km na direção sul de Belo Horizonte.

(Eu e minha noiva nas ruínas ) Em atividade desde a primeira década do século XIX e operando até meados de 1844, a Mina de Cata Branca pertenceu a uma companhia mineradora inglesa denominada The Brazilian Company Ltd., que explorava ouro nos idos de 1830. O encerramento prematuro de suas atividades devido a um acidente de proporções catastróficas findou um período de pujança econômica em Itabirito. A empresa The Brazilian Company Ltd. Aproveitando-se da legislação brasileira favorável à entrada de capital estrangeiro para o desenvolvimento da atividade de mineração, muitas companhias mineradoras foram constituídas, principalmente na Inglaterra. Dentre elas, a The Brazilian Company Ltd., fundada em Londres em 28 de Janeiro de 1833, detentora das minas de Morro das Almas, localizadas em Santa Bárbara, da Mina de Cata Branca, localizada na Serra de Itabirito, e da Mina de Arêdes, arrenda (ruínas 2009 CATA BRANCA) da no mesmo município. O Pico de Itabirito, em cujo flanco norte se situa a Mina de Cata Branca, serviu de marco para orientar as caravanas que adentravam por território mineiro na época colonial. Desde a sua conformação, a cidade de Itabirito caracterizou-se como ponto de apoio desses tropeiros, apesar de não ter sido capaz de atrair grandes investimentos e contingente como Ouro Preto até o oitocentos. A chegada da companhia inglesa e a implantação da Mina de Cata Branca iniciaram um novo ciclo na economia local, fundado na exploração do trabalho escravo e na extração aurífera. O auge da extração aconteceu sob a direção dessa companhia inglesa entre os anos de 1840 e 1844. A história da exploração na mina se inicia com os portugueses sob o nome de Buraco da Mônica, da qual teria se retirado muito ouro, segundo algumas notas tomadas por d’Osery, integrante da c (Mesmo Depois de quase 160 anos algumas paredes ainda resistem ao tempo)omitiva do Conde Francis Castelnau (1949) que visitou a Mina de Cata Branca em 1843. No relato de Rochus Schüch, austríaco que veio para o Brasil em 1817 na Comitiva Real da Princesa Leopoldina, tendo nela assumido as funções de bibliotecário e responsável pela coleção de minerais da Princesa e que morre no Brasil em 1844, visita a mina por volta de 1830 e relata que, ao analisar as amostras de minério retiradas de Cata Branca, podia-se constatar também a presença de ouro, prata e bismuto. Schüch, que é pai do futuro barão de Capanema, menciona que a mina pertencia a uma família pobre da terra. Schüch e Osery descrevem ainda que, em 1830, D. Rodrigo de Souza Coutinho, conhecido como Conde de Linhares, adquiriu a lavra, começando a desobstruí-la em seguida. Após os trabalhos preliminares, que consumiram cerca de dois anos de serviço, o Conde vendeu a concessão que lhe pertencia a um anglo-americano. Em novembro de 1833, encontrando a mina na condição de um imenso buraco, um comandante da Armada Real Inglesa assumiu os trabalhos, organizando a retirada das águas das galerias até um nível conveniente para depois introduzir e operar a melhor maquinaria do Império. Passando por diversas interrupções ao longo de seu período de atividades, seja pelos desmoronamentos e acidentes ocorridos ou pela precariedade de tecnologia e capital empregados inicialmente pelos primeiros exploradores portugueses, a Mina de Cata Branca começou a produzir ouro em escala industrial somente de 1840 a 1844. Os fatores que favoreceram essa mudança foram o massivo emprego de mão-de-obra escrava, a utilização de maquinário hidráulico especializado e, sobretudo, a forma de condução e administração dos serviços de mina pelos oficiais da marinha britânica da região de Cornualha. (continua ............)

sábado, 17 de outubro de 2009

LENDAS: CONHECENDOS OS LUGARES (CONTINUAÇÃO)

Ainda falando das lendas lá do pico existe um lugar especial para mim, pois meu avô materno sr Joaquim Alves Fagundes quando eu ainda era pequeno me contava varias historias deste lugar,já tinha ido depois que comecei a trabalhar na MBR em 97, várias vezes neste lugar,tinha uns vigias que moravam neste local e eles vendiam queijo,leite,mel ,depois ia mesmo visitando mais com interesse de ir a mina de Cata Branca que bem próximo ao local mas nunca interessava em saber qual era o nome deste lugar.
Para minha surpresa esse lugar ai mostrado nas fotos se chama "Retiro Novo" ou "Retiro do seu Zé Leopoldo".
Zé Leopoldo foi casado com Dona Lilia irmã da minha avó materna Dona Geralda Fagundes que era casada com o Sr Joaquim e mãe da Tena casada com o nosso amigo Aziz Farid.......

Mas voltando a relatar o livro do Sr Jarbas na cronica "Lendas do pico de Itabirito" há uma passagem que fala do retiro do Seu Zé Leopoldo lá esta escrito assim:

"- Ainda informam os nosso antepassados que os viajantes que ali pernoitavam no Rancho dos Tropeiros, eram despertados, alta da madrugada, pelos gemidos e o arrastar das pesadas correntes atadas nos pés de escravos que passavam em procissão saídos das profundezas da mina de Cata Branca, desapareciam em meio as pedras do pico."
Essas historias foram narradas ao Sr Jarbas pela sua tia Geralda.
seguindo a estrada depois das casas com uns 2 kilômetros chegamos ao pico e descendo a estrada esta o lago da mãe D' agua que serviu para desviar suas águas até a mina de Cata Branca e a referida mina a qual vamos fazer varias matérias relatando os fatos das mesma...... abraço








sexta-feira, 16 de outubro de 2009

LENDAS: Conhecendo os lugares


Me peguei lendo o excelente livro do Sr Jarbas Nazaré de Sousa outro dia "Memoria viva dos sentimentos". Era uma cronica com o titulo:
LENDAS DO PICO DE ITABIRITO
Como ando muito por estes lados do pico,comecei a ler com bastante atenção e lá na cronica tinha uma passagem assim:
"Nossos antepassados contavam interessantes histórias sobre o pico. diziam eles que lá pelas bandas do pico existia uma enorme lagoa que de dentro dela saía, em noites de lua cheia,uma linda mulher de cabelos longos e negros que era chamada de Mãe D'água. Ela saía da lagoa,atravessava o arraial de Itabira(atual Itabirito) e ia até Vila Rica (Ouro preto) visitar o pico do Itacolomi. Fazia isto sempre em noites de lua cheia, voltando ao amanhecer indo se banhar nas águas minerais da "agua quente".
Voltando em seguida para lagoa do pico.
diziam também que existia a "mãe do ouro", uma enorme bola de ouro que rodopiava o pico clareando toda a região. Também era visto na lagoa do pico um enorme cruzeiro de prata que aparecia de manha, ao meio dia e ao entardecer. Conta -se que os viajantes que por ali passavam paravam para descançar da fatigante viagem debaixo de sol escaldante e deixassem que os animais tomassem agua na lagoa e pastasse.
Enquanto estavam deitados na relva ou debaixo de arbustos da região, refazendo a suas forças para continuar a viagem até á Paraopeba ou a outras regiões mais longínquas, é que viam o cruzeiro de prata ,reluzentes nas aguas azuis da lagoa. Atraidos pela luminosidade tentavam com seus laços apanha los,mas ele desaparecia nas profundezas da lagoa reaparecendo mais brilhante ainda na outra margem."

A foto acima e da referida lagoa que é relatada na cronica do Jarbas. Ela fica perto do pico,na estrada em que hoje fica a casa dos vigias da Vale "antigo Retiro Novo" perto da entrada da mina de Cata Branca.

Essa lagoa também serviu para que no ano de 1844 suas águas fossem desviadas e levadas a mina de Cata Branca para que depois do desabamento da mina, matassem por asfixia as pessoas em que lá ficaram presas. Continua.......

TRÊS SECULOS DE HISTORIA

No final do século XVII, as descobertas de ouro nas imediações de Sabará e Ouro Preto provocaram um grande deslocamento de pessoas para a região central de Minas Gerais. Colonos brasileiros e imigrantes de vários lugares começaram a povoar as terras que, em pouco tempo, transformaram-se em arraiais, freguesias e vilas. Os povoamentos iniciais na sede e nos distritos de Itabirito (Acuruí, São Gonçalo do Bação e São Gonçalo do Monte) são contemporâneos às primeiras explorações do ouro da história de Minas Gerais. Destacam-se nesse período três referências da história do município: a primeira é o distrito de Acuruí (antigo Rio das Pedras), situado em um dos caminhos da Estrada Real que liga Sabará a Ouro Preto (antiga Vila Rica); a segunda é o Pico de Itabirito, marco geográfico para os deslocamentos das expedições pelo Alto Rio das Velhas; e a terceira é a edificação das capelas primitivas dos templos religiosos de Itabirito, tais como a Capela de São Gonçalo do Monte e a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. No século XVIII, a sede e os distritos de Itabirito experimentaram o crescimento e a diversificação da rede econômica impulsionados pela mineração; após o início da crise da exploração do ouro, eles adaptaram-se às incertezas e mudanças ocorridas na economia regional. No século XIX, apoiadas em algumas atividades constituídas no século anterior, como a produção de panos e de peças de ferro, essas localidades investiram boa parte dos seus recursos no abastecimento de mercados próximos, como Ouro Preto, e de mercados distantes, como Rio de Janeiro e São Paulo. O empreendimento inglês na Mina de Cata Branca, situada nas proximidades do Pico de Itabirito, é outro capítulo importante da história municipal, e será objeto de outro texto. O desabamento da galeria central da mina em 1844 inviabilizou a continuidade desses trabalhos e ajudou a desaquecer a economia local. No final da década de 1880, em meio ao cenário de expectativas criado pela utilização de novas tecnologias, como a eletricidade e as locomotivas a vapor, a sede de Itabirito experimentou novas transformações urbanas. A abertura de empresas nos ramos da siderurgia, tecidos e couro e o crescimento da população - após a inauguração da estação ferroviária em 1887 - modificaram a feição dessa localidade. Aos poucos, a paisagem urbana colonial cedeu espaço para a paisagem industrial. As transformações econômicas impulsionaram a emancipação municipal, que foi realizada em 7 de setembro de 1923.

Dora Vergueiro e claudio Moura e Castro na Cata Branca

achei este vídeo na Net espero que gostem!!!!!!! A apresentadora da Mtv Dora Vegueiro veio conhecer o pico,cata branca,fazenda do cocho,junto com o nossa amigo Cláudio de moura e castro.....

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

UMA FORMA DIFERENTE DE CONTAR A HISTORIA

Meu objectivo não é ser melhor que ninguém,tão pouco querer mostrar mais do que muitos outros intrépidos e destemidos "historiadores"fizeram.
tenho a vontade de mostrar o que as pessoas realmente tem vontade de ver,tem a vontade de imaginar,o que falta,fazer uma comparação com fotos antigas e com as atais,mostrar como nossa Itabirito Cresceu melhorou.
Passou de uma época romântica,linda, interesantissima que foi a época dos nossos ancestrais para uma época que é hoje crescendo gerando emprego,sendo reconhecida.
Independente de governos que passam,vem e vão,temos pessoas que fazem a diferença.
ressalto a memoria do grande SR José Bastos que mesmo não nascendo em Itabirito ,foi prefeito,trouxe escolas,equipou a nossa câmara municipal,fez tantas obras que hoje servem a nossa cidade ate filme da Cata Branca ele fez,Tia Lolinha(sua esposa) juiz de Paz de nossa cidade,professora,pessoa amigavel,cordial,seus filhos em especial a Lauro(Irmão metralha),O seu Jarbas Nazaré de Souza que tem um grande livro publicado" memoria viva dos sentidos",alem de vários arquivos lembrando a Itabirito que todos queremos imaginar,quem nunca leu sua coluna no jornal A Gazeta do nosso amigo Emílio Nolasco,sua revista Itabirito em Revista.
o Padre Miguel grande vigário,politico,pessoa de Deus e do Povo,o que faz resgatando a historia em seus museus "património do povo desta cidade",até livro ele escreveu!!!!"Fundamentos históricos da igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem".





Não posso esquecer também do Sr Olimpio Augusto da Silva o seu Pinho que teve também um livro "Itabirito minha terra" o qual homenageio e tiro o nome para este blog pois Itabirito também é a minha terra nasci aqui pela mãos do doutor Hélio, fiz minha primeira comunhão com o Padre Adelmo, sempre tive a curiosidade de escutar os causos antigos,de saber das casas,escravos,engenhos da vida cotidiana em Itaubira.
Quem nunca teve vontade de saber sobre o desabamento da cata branca,sobre o pico,a fazenda do cocho,escravos etc.....





Nesse blog é tudo feito no amadorismo,nas minhas folgas lá da Vale,mas é tudo feito com muito carinho com muito amos e com muita honestidade,feito por um Itabiritense par outros Itabiritenses,,afinal quem nunca quis viver na CIDADE ENCANTO.







Esse blog é uma homenagem aos meus pais(Chico de Brito e Marina) aos meus avós (João,Maria,Joaquim e Geralda), minha madrinhajoana e meu padrinho Gildo,irmãos,sobrinhos,cunhadas,cunhado sogro e sogra e para a pessoa que mais amo nesse mundo minha inspiração,cúmplice,amiga ,minha noiva Ana Paula...Te Amo