Uso atual: Centro cultural, de informações e de artesanato
HISTORICO DA LINHA: Primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora.


A ESTAÇÃO: A estação de Itabira do Campo, construída em alvenaria de pedra, foi inaugurada em 1887. Seu nome primitivo ainda aparece num mapa da Central de 1898 e numa publicação de 1902. Em 1928, já com o nome de Itabirito, a bitola na estação ainda fosse apenas métrica, mais tarde a bitola larga (1,60m) da Central passou a chegar (e ainda chega) até esta estação, como linha de bitola mista, estendendo-se essa bitola larga por um desvio até a Usina Esperança.

(1960)
Raríssimas vezes, o trem Vera Cruz (Rio de Janeiro-Belo Horizonte), ia parar ali, final da bitola larga: quando havia alguma interrupção na linha do Paraopeba e os passageiros seguiam em frente pela linha do Centro, trocando para uma composição de bitola métrica para atingir Belo Horizonte por General Carneiro. Leonardo Bloomfield presenciou e fotografou um dessas cenas raras (ver abaixo).

(Atualmente)
Hoje (2003), um belo projeto recuperou totalmente a área da estação, convertendo-a em centro cultural e de artesanato. Atualmente (2010) a linha está totalmente abandonada, pelo menos entre as estações de Miguel Burnier e de Sabará, sem tráfego algum de cargueiros e muito menos de trens de passageiros, que dali sumiram já nos anos 1980. (Fontes: José E. Buzelin; Italo de Azeredo Coutinho; Leonardo Bloomfield; Alberto del Bianco; Gutierrez L. Coelho; Claudio Larangeira; __: Estrada de Ferro Central do Brasil, 2o volume, Imprensa Nacional, 1902; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928).
FONTE : http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_mg_linhacentro/itabirito.htm