quarta-feira, 9 de junho de 2010

ESTAÇÃO FERROVIARIA DE ITABIRITO

Inauguração: 16.07.1887
Uso atual: Centro cultural, de informações e de artesanato
HISTORICO DA LINHA: Primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém, havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio. Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros.
(1920)
A ESTAÇÃO: A estação de Itabira do Campo, construída em alvenaria de pedra, foi inaugurada em 1887. Seu nome primitivo ainda aparece num mapa da Central de 1898 e numa publicação de 1902. Em 1928, já com o nome de Itabirito, a bitola na estação ainda fosse apenas métrica, mais tarde a bitola larga (1,60m) da Central passou a chegar (e ainda chega) até esta estação, como linha de bitola mista, estendendo-se essa bitola larga por um desvio até a Usina Esperança.
(1960)
Raríssimas vezes, o trem Vera Cruz (Rio de Janeiro-Belo Horizonte), ia parar ali, final da bitola larga: quando havia alguma interrupção na linha do Paraopeba e os passageiros seguiam em frente pela linha do Centro, trocando para uma composição de bitola métrica para atingir Belo Horizonte por General Carneiro. Leonardo Bloomfield presenciou e fotografou um dessas cenas raras (ver abaixo).
(Atualmente)
Hoje (2003), um belo projeto recuperou totalmente a área da estação, convertendo-a em centro cultural e de artesanato. Atualmente (2010) a linha está totalmente abandonada, pelo menos entre as estações de Miguel Burnier e de Sabará, sem tráfego algum de cargueiros e muito menos de trens de passageiros, que dali sumiram já nos anos 1980. (Fontes: José E. Buzelin; Italo de Azeredo Coutinho; Leonardo Bloomfield; Alberto del Bianco; Gutierrez L. Coelho; Claudio Larangeira; __: Estrada de Ferro Central do Brasil, 2o volume, Imprensa Nacional, 1902; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928).





FONTE : http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_mg_linhacentro/itabirito.htm

terça-feira, 8 de junho de 2010

RIO ACIMA/ITABIRITO ESTRADA REAL

Estava zapiando na net a procura de alguma coisa interessate para colocar no blog achei este artigo escrito por GIUSEPPE MOLL PERSICHINI hospedado no blogo do professor Fernando Massote ai vai o artigo escrito dia 14/04/2010:


A comunidade ambientalista e histórico-cultural de Minas Gerais alerta para a ameaça de asfaltamento do único trecho intacto da Estrada Real, na rodovia MG-030, entre Rio Acima e Itabirito. Indo de Belo Horizonte a Nova Lima, passando por Rio Acima e por Itabirito – um caminho com mais de 200 anos, ligando Minas Gerais ao Rio de Janeiro e que serviu de norte para bandeirantes, faiscadores, mineradores e para a Tropa Real – a Estrada Real corre o sério risco de perder seus últimos vestígios. A denúncia é dos ambientalistas da Associação Ecológica de Moradores do Entorno da rodovia MG-30. Para reverter este equivocado asfaltamento, os defensores do meio ambiente e da história e da cultura do Brasil colonial fizeram um anteprojeto propondo que a estrada seja calçada com pedra pé-de-moleque ou pedra de mão, apoiados no argumento de que esta medida dará maior autenticidade ao local e possibilitará permeabilidade e condições propícias a plantas, animais e pássaros conviverem harmoniosamente no meio ambiente.
História
Esta antiga estrada tem 23 km encascalhados e salpicados com pedras do tempo colonial e foi feita com cortes radicais nos contrafortes da serra e da mata protegida na APA/SUL. Porém, mineradoras e políticos de Rio Acima e Itabirito, demonstrando insensibilidade, ignorância da história e desrespeito ao meio ambiente, querem o asfaltamento desta via, com o argumento do progresso a qualquer custo. Isso poderá acabar com o ecossistema da região, fazendo com que aumente o perigo de acidentes automobilísticos, tendo em vista o trecho ser cheio de curvas e precipícios. Os moradores e pequenos sitiantes do entorno da Rodovia (pelo menos os mais conscientes), os ambientalistas e vereadores de Rio Acima, Itabirito, Nova Lima, Raposos e BH, aliados a associações sócio-ambientais, apelam ao DER, IBAMA, SEMAD (IEF, FEAM, IGAM, COPAM) e às secretarias de Cultura e de Turismo para que se unam contra a ameaça de mais este crime ecológico, de consequências irreversíveis.
Decisão Ecológica
Os sistemas de calçamento ecologicamente corretos são mais indicados para pavimentos, pois preservam o meio ambiente, sem agredi-lo. O argumento do calçamento com pedra pé-de-moleque ou pedra-de-mão, além da vantagem ambiental, vê-se fortalecido o aspecto social, pois poderá ser feito empregando material e mão-de-obra locais, podendo ainda incentivar a adoção do exemplo em outras cidades do entorno das estradas vicinais.
Trata-se de uma alternativa considerada útil e ambientalmente correta por administradores públicos e privada, projetistas, ambientalistas, consultores e empreiteiros, ou por pessoas envolvidas na escolha dos tipos de pavimentos a serem utilizados nos mais diversos campos deaplicação.
Ciclo Hidrológico
A escassez de água no meio ambiente e as formas de garantir o melhor aproveitamento desse recurso são alguns dos temas mais discutidos hoje, em nível global. A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) afirmou que, nos próximos cinqüenta anos, os problemas relacionados à falta de água afetarão todas as pessoas no mundo. Uma das causas é a ação predatória do homem, que continua a intervir no ciclo hidrológico, o que contribui para a intensificação dos desastres naturais, seja pelo desmatamento ou pela impermeabilização do solo, através da pavimentação asfáltica de grandes áreas. Ao longo dos anos, muitos fatores vêm modificando as exigências da gestão municipal, impondo a busca de novas soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e capazes de agregar outros valores para a economia das cidades e para a vida dos contribuintes. Nesse sentido, alguns municípios fizeram alterações na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo do Município, aprovando mudanças que vão ao encontro das necessidades da sociedade e da cidade, adaptando-se à dinâmica urbana e às conseqüências do crescimento. O calçamento com pé-de-moleque, ou com pedra-de-mão permite a perfeita drenagem das águas de chuva, ao mesmo tempo que evita aimpermeabilização do solo, pois as juntas entre as pedras possibilitam ainfiltração de uma parcela das águas incidentes, amenizando assim o impacto ambiental. Portanto, são considerados pisos ecologicamente corretos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSARIO

Alguns topicos relacionados a nossa igreja do Rosario ......

Edifício tombado pelo Patrimônio Histórico Federal, a igreja está localizada no alto da Rua do Rosário, no centro histórico da cidade. Foi construída no início do século XVIII por escravos pertencentes à Irmandade dos Pretos de Nossa Senhora do Rosário de Itabira. Sua construção é relativamente simples, com destaque para a portada em pedra entalhada e os altares profusamente ornamentados, em autêntico estilo Barroco. Infelizmente a belíssima imagem de Nossa Senhora do Rosário encontra-se desaparecida, após arrombamento do edifício por ladrões. No entorno da igreja, existe um bem conservado adro com uma imponente escadaria de acesso, ambos em pedra.
No inventário de bens da Irmandade do Rosário de Itabira do Campo consta o seguinte:«uma coroa de prata que serve ao Rei desta Irmandade, cujo peso é de trezentos e dezoito oitavas; Uma coroa pequena de prata que serve à rainha da irmandade, pesando trinta e oito oitavas». Igualmenteconsta um cetro de prata que serve ao rei, de peso vinte e oito oitavas.




Perímetro de imóvel do século 18, em Itabirito, na Região Central, não foi feito até hoje. Tombamento data de 1955.
A desorganização no entorno da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Itabirito, na Região Central de Minas, está com os dias contados. A Justiça concedeu liminar à ação civil pública dos ministérios públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE), obrigando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a fazer os estudos para delimitar o perímetro de tombamento e do entorno da capela. A construção do século 18 foi inscrita no livro do tombo em 1955, mas, até hoje, o Iphan não determinou as medidas. Também não estabeleceu as diretrizes de uso e ocupação para as edificações localizadas ao redor da igreja.
A capela fica no alto da Rua do Rosário, cercada por um grande adro, com acesso pela escadaria e vista panorâmica da cidade. Na ação, o MPF e o MPE alegam que as medidas são importantes para conservar o patrimônio cultural, pois impedem que a vizinhança erga construções que diminuam ou bloqueiem a visibilidade do bem ou interfiram no ambiente. No entanto, a falta de regulamentação está levando moradores da região a fazer intervenções inadequadas nos imóveis, o que compromete a harmonia do conjunto arquitetônico.
A situação se tornou um problema também para a Prefeitura de Itabirito, que cobra providências dos órgãos competentes. Por causa da falta de uma normatização, não pode dar andamento aos processos administrativos nos quais moradores e donos de imóveis localizados perto da igreja pedem aprovação de novos projetos e de obras já iniciadas. De acordo com o Conselho Consultivo e Deliberativo do Patrimônio Cultural e Natural, a ausência de critérios favorece a ocupação irregular, a descaracterização e a degradação dos locais ao redor da capela.
A liminar contra o Iphan foi concedida pela 5ª Vara Federal de Belo Horizonte. Segundo o parecer, “a não intervenção imediata, no sentido de delimitação da área de proteção do bem tombado, implica danos ao patrimônio cultural de natureza irreparável ou de difícil reparação”. O instituto tem 180 dias para concluir os estudos do perímetro da Igreja Nossa Senhora do Rosário. Também ficará a cargo do órgão a fiscalização das construções do entorno. Se for erguida alguma edificação irregular, o Iphan vai responder por omissão, com o pagamento de multa no valor de R$ 10 mil por cada ocorrência, mais pena diária de R$ 1 mil. Também estará sujeito a responsabilização criminal e por improbidade administrativa.
A assessoria do Iphan em Minas informou que o órgão ainda não recebeu a intimação e, por isso, não se pronunciaria sobre o assunto.






FONTE - http://www.itabiritocultural.com.br/ , http://www.defender.org.br/itabiritomg-iphan-tem-que-delimitar-area-tombada-de-igreja/ ,