sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CATA BRANCA FOTOS ANTIGAS






Fotos da serra de Cata Branca tiradas em 1938. Nota-se um antigo caminhao basculante (1943) como era explorado o minerio retirado do pico nesta epoca pela ecominas....

O dia em que Welles batizou o rio Itabira

Orson Welles todo mundo sabe quem é. Alyrio Cavallieri... bem, a minha geração conhece. Mas como o colunista alimenta a fantasia de também ser lido pela galera mais jovem, aqui vão duas ou três coisas que sei dele. Foi o melhor juiz de menores que esta cidade já teve. Tomou posse em 1969, quando a gente ainda era a Guanabara. Sério, humanista, trabalhador, ficou famoso por suas decisões, nem sempre seguindo a lei ao pé da letra, mas semprer pensando na criança em primeiro lugar. Causou polêmica quando proibiu que uma butique de Ipanema mantivesse o nome de Marijuana. Não deixou que Pedro Bloch lançasse uma peça teatral com o título LSD. Foi um personagem carioca, embora tenha nascido em Minas. Se alguém me perguntar o nome do atual juiz de menores, respondo sem hesitar. Alyrio Cavallieri. Já mudou faz tempo. Mas sua passagem pelo juizado foi tão marcante, que é difícil lembrar dos nomes que o sucederam.
Há dois dias, o colunista teve a honra de receber uma cartinha de Alyrio Cavallieri. "Arrumando gaveta - lazer de aposentado - encontrei o que lhe mando, esperando proporcionar-lhe um giro por uma varanda do passado", escreveu ele. E que giro! O encontrado era uma cópia de reportagem, assinada por Iller Save, publicada no dia 22 de abril de 1942 no semanário carioca Cine-Rádio Jornal. Na ocasião, Orson Welles filmava no Brasil o mítico It's all true e a imprensa publicava fofocas garantindo que cineasta nunca tinha ido a Outo Preto. Confesso que nunca soube que o filme tinha imagens de Ouro Preto. Mas Iller Save, testemunha da passagem do cineasta pela cidade, desfez o disse-me-disse. Save era o pseudônimo de Cavallieri - pseudônimo jequíssimo, nas palavras do próprio juiz - e autor do artigo Orson Welles, Ouro Preto e eu. Reproduzo aqui trechos do dia em que Alyrio Cavallieri encontrou-se com Orson Welles em Itabirito!
"Uma nota de Celestino Silveira no seu Em cartaz inspirou-me este artigo. É que se divulga o boato segundo o qual Orson Welles não tinha ido a Ouro Preto. Somente a sua equipe de filmagem tinha estado lá. Sinto-me autorizado a dizer a verdade a respeito, não só porque estive mais de uma hora com o Citizen Kane, como assisti a algumas tomadas de cena em Ouro Preto.
Distando 50 quilometros da Cidade Monumento, fica esta minha provinciana cidade de Itabirito. E foi precisamente aqui que o carro em que viajava Orson Welles precisou de reparos. No Bar do Primo, instituição tradicional da cidade - onde consegui, sem trabalhos, autógrafos preciosos de Stefan Zweig, Agripino Grieco, Jacques Ebstein, Lódia Silva, etc, etc. -, dei de cara com um tipo gordíssimo, alto, com bigode recente, cabelos despenteados, sem gravata nem paletó, um cordão de prata com santinhos ao pescoço, umas enormes abotoadoras de ouro nos punhos, de fala altissonante e americana. Identifiquei logo Orson Welles, com grande surpresa. E pensei logo: - Mas esse homem não estava ontem no Rio, selecionando extras?".
Corta! Agora, imagine. Um jovem de 21 anos, inteligente, amante de cinema, perdido em Itabirito, diante de Orson Welles! Itabirito era passagem para quem se dirigia a Ouro Preto e o Bar do Primo - de propriedade do pai de Cavallieri e onde nosso personagem trabalhava como garçom - parada obrigatória para uma refeição rápida ou uma ida ao banheiro. Ação!
"Fiquei longo tempo a observar o 'gigante menino' do cinema. Levantava-se freqüentemente, dirigia-se a uma vitrine e mordia inúmeros doces, bolos, pastéis, à cata de algo que lhe agradasse. (...) Um pedido de autógrafo, feito no meu inglesinho 'de la miséria', foi minha porta de entrada com Mr. Welles. Perguntou-me se falava inglês. Por amor à verdade e à modéstia, respondi que arranhava. E o maior elogio feito ao meu professor de inglês do ginásio foi feito pelo revolucionário do cinema: - It's better than my Portuguese.
Depois de devorar inúmeros doces típicos, e de querer qulaquer cousa que tivesse pimenta e de recusar todos os sanduíches, alegando que são internacionais, andou pela cidade pequena. Diante do cineminha do interior, interessou-se pelos cartazes. Para aquela noite estava anunciado o filme Não cobiçarás a mulher alheia com a já saudosa Carole Lombard e Charles Laugton. Perguntei-lhe o que achava do filme. Levantou a mão grandalhona e fez, entre dentes: - Bad!".
Corta! Os doces típicos a que Cavallieri se refere eram cocadas. Orson Welles ficou fã de cocadas. O garçom-cinéfilo não cobrou a conta. E o cineminha visitado pelo cineasta era o Cinema Central, atualmente fechado. Existe um movimento em Itabirito para reabrir o Central. Tem todo o meu apoio. Ação!
"(...) Querem ver até onde vai a igualdade do cidadão Kane? Tive, desde que o vi, vontade de tirar-lhe uma foto, com minha box. Mas logo me assaltou a extensão da ousadia No entanto, um demônio típico coçou-me o corpo. Preparei a máquina e fui encontrá-lo no meio da rua, ou melhor, na balaustrada de uma ponte, sob um sol quentíssimo. Cantei-lhe a foto. Esperava uma recusa no duro. Mas o homem tomou atitude, colocou-me bem contra a luz, tirou o enorme óculos preto, fez uma posse e disse: - Now!
A foto que ilustra esta coluna é o momento exato em que Orson Welles diz Now! sobre a ponte do Rio Itabira. O que Alyrio Cavallieri não contou na reportagem de 1942, mas revelou ontem para o colunista em rápida conversa telefônica, é que, logo após a foto, o cineasta abriu a braguilha da calça e batizou as águas do rio. O juiz pediu para a travessura permanecer inédita. O colunista pede desculpas. E, com licença de José Wilker, the end.
*Publicado no Jornal do Brasil - Artur Xexéo, 5 mar. / 1999.

CIIC - CIA INDUSTRIAL ITABIRA DO CAMPO

A Cia Industrial Itabira do Campo é uma das mais importantes ou senão a mais importante referencia em emprego para os filhos de Itabirito.
Todos nós ou já trabalhamos em Fabrica Velha ou temos algum parente que já trabalhou em suas fileiras.....
Ai vai um breve relato de sua estoria com algumas fotos......

(anos 20)
A Companhia Industrial Itabira do Campo foi fundada em 20 de Novembro de 1892. Com 112 anos de existência e funcionamento ininterrupto, é uma das mais antigas indústrias têxteis de Minas Gerais, quiçá do Brasil. Sua história se confunde com a vida de Itabirito, antiga Itabira do Campo, da qual herdou o nome.
A cidade de Itabirito situa-se numa baixada, entre montanhas, cortada pelo Rio Itabira, afluente do Rio das Velhas, no "Quadrilátero Ferrífero", na Zona Metalúrgica, distante 53 km de Belo Horizonte.
( Vista da Fabrica)
Com a chegada da Estrada de Ferro Central do Brasil, na penúltima década do século XIX, os líderes da época preocuparam-se logo com o desenvolvimento da cidade que possuía até então apenas dois curtumes em funcionamento. O movimento comercial tornou-se grande com a chegada da ferrovia, porque o escoamento de toda a produção agrícola do Vale do Paraopeba até Bonfim era feito através da Estação da Central de Itabira do Campo. Aqueles líderes então, tiveram a feliz iniciativa de fundar uma fábrica de tecidos, que daria emprego a grande número de pessoas da cidade, principalmente mulheres. José Maria Afonso Baeta, português de nascimento, foi quem tomou o empreendimento a peito, procurou amigos de recursos financeiros do lugar e das cidades vizinhas, abriu a lista de subscrição de ações, adquiriu o terreno, construiu o prédio, comprou as máquinas e fundou a Cia. Ind. Itabira do Campo S. A..
De 1971 para cá, a C.I.I.C. vem sendo dirigida pela família de Hamilton de Oliveira que ocupou a presidência da empresa até 1991, quando veio a falecer. Atualmente compõem a Diretoria seus filhos e netos.
A 'Fábrica Velha', como é carinhosamente chamada na cidade, produz nos dias de hoje, excelentes artigos têxteis, graças à modernização de seu maquinário sofisticado e eficiente, e às equipes de trabalho dedicadas e disciplinadas. Funciona 24 horas por dia, dando emprego a 412 funcionários. A capacidade produtiva gira em torno de 1.100.000 m / mês, dos quais 700.000 m são beneficiados.
A C.I.I.C. é uma empresa cuja administração prima pela gestão da qualidade total, com ênfase no gerenciamento humano e encontra-se em busca permanente de aperfeiçoamento não só tecnológico, mas, principalmente das pessoas que nela trabalham. Há que se destacar os programas participativos desenvolvidos pela empresa, tais como o Sistema Interno de Sugestões e os 20 grupos de C.C.Q. implantados, gerando excelentes resultados.
Quanto à questão do meio - ambiente, a empresa utiliza 100% de eucalipto plantado em suas caldeiras, e reutiliza ou recicla todos os seus resíduos sólidos, além de possuir uma estação de tratamento de efluentes, cujo licenciamento já foi obtido junto a FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente.
( Fachada atual da Fabrica)
Há que se destacar ainda, que a empresa é proprietária da Fazenda do Córrego Seco, de onde provém 97% da água potável consumida na cidade. Tal mentalidade preservacionista remonta desde a sua fundação, e está perfeitamente documentada em relatório de 1905, na qual a diretoria da época propõe e realiza a compra de mais terras no entorno da fazenda com o intuito de proteger os mananciais, evitando o corte clandestino de madeira e a exploração inconseqüente que poderiam acarretar a diminuição das águas da região.
Nestes mais de 100 anos de existência, com uma administração progressista e humana, com enorme capacidade de trabalho e grandes iniciativas, a C.I.I.C. vem prestando inestimáveis benefícios à cidade de Itabirito e a inúmeras gerações que encontraram nela seu sustento, seu ideal, sua vida.

domingo, 31 de janeiro de 2010

FOTOS ANTIGAS II

(Pico de Itabirito 2003)

(Rua Dr Guilherme em 1890 mais ou menos)

(Itabirito anos 20)


(Leopoldo Gurgel Caçada da onça no pico)



(ponte na rua joão Pessoa Anos 20)


Ai vai mais algumas fotos..........

FOTOS ANTIGAS

(Praça da Estação em 1983)

(inauguração do Itabirense em 1915)

( Praça da Estação nos anos 60 -Nota-se que a praça era muito mais bonita)


(enchente nos anos 30 - rua Dr guilherme)

(Carnaval anos 40 )
Bom 2010 para todo o mundo .......
Como tem muito tempo que nao posto nada resolvi colocar algumas fotos antigas de nossa cidade ai vai......