terça-feira, 20 de julho de 2010

RECORDANDO JARBAS NAZARETH DE SOUZA( HOMENAGEM)

Gostaria de prestar uma homenagem ao grande historiador o Sr Jarbas Nazareth,o qual tive o prazer de conhecer e trocar algumas palavras sobre o historia desta grande cidade que é a nossa itabirito.
Infelizmente o Sr Jarbas veio a falecer semana passada,mas deixa um grande legado a nossa historia, com sua coluna no Jornal Gazeta de Itabirito, imaginavamos como era a vida na pacata Itabira do Campo,tal como a vida no recem criado municipio de Itabirito,falava de personagens do povo para o povo,da vida cotidiana levada aqui,de suas lembranças no futebol local(União,Esperança,Itabirense). De sua familia,pais,irmãos,tias e tios,esposa,filho,filhas netos e netas.
Recordo de uma passagem de seu livro em que ele cita de uma briga o qual seu pai entrou depois de um jogo no campo do União e que ele ainda menino estava nos ombros de seu pai.
Eu FABIANO DE BRITO, neste humilde blog quero prestar esta simples homenagem ao Sr Jarbas que ele onde estiver em compania do Nosso Senhor Jesus Cristo continue contando a nossa historia a historia de Itaubira de Nossa Senhora do Rio de Janeiro, Itaubira do Campo, Itabira do Campo,Itabirito, a nossa Cidade Encanto.

DO IMPERIO A SAUDADE.......

Nasceu, quase que por acaso, aos pés da Pedra da Saudade. Enorme formação de rocha vulcânica,com casinhas simples e cuidadas, encarrapitadas, cuja visão parecia ter inspirado a música Gente Humilde. Olhava a paisagem, sempre ao passar, queria um dia subir por aquela escadaria estreita e conhecer aquelas casas e aquela gente.Ainda eram os tempos dos carnavais nos clubes rivais da cidade.Era ainda uma menina de nove ou dez anos e já sentia nas veias o clamor dos ritmos e das melodias dos bailes de adultos.Na velha marcenaria na rua lateral à sua casa, seus primos, vizinhos e amigos reuniam-se para um batuque despretensioso. Olhava aquilo com olhos de sonho, querendo fazer parte de tudo. Mas, não a viam... Era uma menina dez, quinze anos mais nova, uma fedelha! Conformava-se, então, em observar de longe, com nariz torcido. Depois, os primos viriam sentar-se em seu alpendre ficar cheirando seus cabelos e ouvindo-a falar sem parar. Grande coisa, no final ela fugia de todos! Eram todos muito altos e, na maioria, moços e moças muito bonitos. Primos de sua mãe. Um festival de tez morena clara e olhos azuis ou verdes, que encantava!O tempo foi passando e os amigos fundaram uma pequena escola de samba, que foi denominada Império da Saudade. Assistiu cada passo do surgimento de uma brincadeira que virou coisa séria.
Hoje, a saudade impera em suas lembranças. Ela crê que não exista mais a escola de samba, o Império da Saudade. Mas não se esquece de seu primo Wander tocando o surdo imenso, duas vezes o tamanho dela. Não se esquece dos acordes que ele lhe ensinou no violão, foram os primeiros. Da música “Amigo é pra estas coisas” que ele gostava de cantar com ela. Um rapaz de coração imenso, do tamanho de seu corpanzil. Não se esquece de todos aqueles sorrisos. Todos jovens, aos pés da Pedra da Saudade... Não entende bem a sua ligação com as rochas, com as pedras. Sabe apenas que elas lhe transmitem vibrações boas ou não. Como a rocha ígnea, ela guarda sentimentos intrusivos* que adormecem sob a terra vermelha de minério de ferro e volta e meia vêm à tona pelos garimpos das mãos hábeis do destino...